A equipe de transição do Governo Lula virou a página da campanha e, nesse momento, as conversas não são para acabar com o orçamento secreto, mas sim preservá-lo como estratégia de capitalização de votos na Câmara e no Senado para aprovação da PEC da Transição que abre espaços para a nova gestão pagar o Auxílio Brasil fora do teto do orçamento de 2023.
A manutenção do orçamento secreto contradiz a proposta do próprio PT, que passou a campanha inteira prometendo colocar fim neste estilo de lidar com os deputados. Pelo menos no primeiro ano, a promessa não será cumprida. Sem aceitar essa condição, Lula não conseguiria aprovar o Bolsa Família de R$ 600.
Os deputados federais e senadores esperam que, antes da virada de ano, o governo Bolsonaro libere R$ 7,7 bilhões de verbas de emendas parlamentares que estão bloqueados por conta do teto de gastos.
O apoio do PT e PSB à reeleição do presidente da Câmara, Artur Lira, entrou, também, como componente importante nas negociações para a PEC do Auxílio Brasil avançar.